Estado Terminal



















Lembrança de vida imaculada
sem vícios, precisa,
guardada na espera
do amor que não veio

Este meu coração submisso
esperou por teus olhos
por décadas de solidão

O mundo me deixou cair
em soluços e deserto
E me levantei como sol no inverno
apenas por obrigação
Aonde você está?
que não te vejo
Sinto agora o tempo perdido
com palavras suaves

Sinto a vaidade sagrada
que cultivei
Os casulos ranzinzas
que morei

Me deixei
no cálice do esquecimento
que caiu
e se quebrou.



Henrique Rodrigues Soares - Sociedade dos Eremitas

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