Eu vi o poeta caminhando pela avenida.
Ia garboso em sua gabardine.
No que pensava o poeta enquanto andava?
Anda o poeta.
Passa o poeta.
O poeta se mistura na multidão.
Quem é ele?
Aonde ele vai?
O que faz quando não escreve poesia?
Ninguém sabe quem ele é.
Ninguém sabe onde ele vai.
Ninguém o acompanha.
Seus passos mal tocam o chão.
O poeta flutua na permanência efêmera das coisas,
onde a espera é a única saída e o amor o único guardião.
Oro pelo poeta que passa!
Passam os carros, passam as horas.
Tudo passa nos olhos do poeta
e o que fica na superfície
são os versos que pingam
das lágrimas que ele esconde.
Lá vai o poeta descendo a avenida,
tudo largo, tudo vasto,
com sua túnica negra cortando a paisagem.
O poeta passeia enquanto tudo à sua volta
está imerso em uma névoa fina
que faz adormecer os homens.
Vive o poeta em sua imensa mansidão.
Assim ia, em sua gabardine, todo garboso,
o poeta Tanussi Cardoso.
Ia garboso em sua gabardine.
No que pensava o poeta enquanto andava?
Anda o poeta.
Passa o poeta.
O poeta se mistura na multidão.
Quem é ele?
Aonde ele vai?
O que faz quando não escreve poesia?
Ninguém sabe quem ele é.
Ninguém sabe onde ele vai.
Ninguém o acompanha.
Seus passos mal tocam o chão.
O poeta flutua na permanência efêmera das coisas,
onde a espera é a única saída e o amor o único guardião.
Oro pelo poeta que passa!
Passam os carros, passam as horas.
Tudo passa nos olhos do poeta
e o que fica na superfície
são os versos que pingam
das lágrimas que ele esconde.
Lá vai o poeta descendo a avenida,
tudo largo, tudo vasto,
com sua túnica negra cortando a paisagem.
O poeta passeia enquanto tudo à sua volta
está imerso em uma névoa fina
que faz adormecer os homens.
Vive o poeta em sua imensa mansidão.
Assim ia, em sua gabardine, todo garboso,
o poeta Tanussi Cardoso.
Copacabana, 1/10/2000
Thereza Christina Rocque da Motta
Thereza Christina Rocque da Motta
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