Fantasmas, que marcaram o viver,
Toldando cada novo amanhecer
Com sombra visionária, no presente.
Manchada por angústias, de repente,
A alma, que não deixa de sofrer,
Espalha dor profunda em todo o ser
E acaba magoada p'lo que sente.
Desfilam, à porfia, pela mente,
Memórias, desfocadas, a dizer
Que nunca, nunca mais, se há-de esquecer.
E tudo o que o viver de combatente
Impôs, a cada um, como dever,
Há-de marcá-lo sempre, até morrer.
Vítor Cintra - do livro: Passos da História
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