Acordar como moço
Repreensão com mimos
Agora o duro falar grosso
A inocência arrancada ao nascer
do broto
A consciência adulta cobrada no
garoto
Trabalho infantil
Escolaridade boçal
Sanidade senil
Brutalidade penal
Pais sem pais
Crianças sem infância
Ruas sem paz
Pais na infância
Se me deram algo?
Foi o calabouço
O escuro no palco
O vilão sem esforço
Prisão para quem nunca foi livre
Solução ou um mais belo drible
Para quem a escolha do crime
Foi sua? Ou cores de um time
Que foi livre imposto
Para quem não tem voz
E também não tem rosto.
Hoje dezoito, amanhã dezesseis
Para frente o que será de vocês
Dura matemática com seu frio
numerário
Daqui a pouco algemados nos
berçários.
Henrique Rodrigues Soares –
Canibais Urbanos
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