Que nos
acaricia depois constrange
Assopra
tuas coxas levantando tuas pétalas
Esvaziando-te
de adereços e complicações.
Já meus
olhos como um agoureiro
Fixam
como encantados pelo que ver
Nos
instantes casuais da perfeição
Quase
refeito do ocasional das situações
Disfarço
o receio frente o embaraço
Da
falta de recheio do teu abraço
Disfarço
o anseio triste dos percalços
Da
sobriedade fria neste cadafalso
Que me
permitas a insegurança
Da
solidariedade amarrada de tuas tranças
Dos
beijos molhados de veneno
Adocicados,
mordazes e extremos.
Henrique
Rodrigues Soares – Horas de Silêncio 30/03/2015.
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