Não sou
rascunho ou esboço
Que
espera assinatura de endosso
De
alguém
Se
cheguei à pele e osso
Não
demandei algum esforço
Me
jogaram nesse fosso
Sem
ninguém
As
paredes sem arcabouço
O
estômago sem almoço
Sem
nenhum dinheiro no bolso
Sem
nenhum vintém
A
alegria que foi sem reembolso
A
sequidão de um único poço
Não tem
causado mais alvoroço
Para
este refém
Mas
enquanto puder falar grosso
Áspero
e cru como seu emboço
Se
levaram o sulco, ficou o caroço
Neste
vaivém.
Henrique
Rodrigues Soares – Horas de Silêncio
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