Não fui a menina dos undergrounds
Das agitações noturnas
Das leituras insólitas
Dos dionisíacos saraus
Meu campus era o campo
Onde eu cavoucava batatas
E ficava feliz, se raro, era doce
Vivi na terra vermelha
Sem xampu, mamãe tentava
Alisar-me os cabelos
Ver se ficava branca
Eu parecia
Mas havia um banzo
Negra acima de tudo
A alma
Por sorte aprendi a ler
E consegui decifrar as placas
No navio
Cheguei atrasada
Uns mil anos
Para a aula
Sobre Rimbaud.
.
Adriane Garcia, em O nome do Mundo, editora Armazém da Cultura, 2014.
Das agitações noturnas
Das leituras insólitas
Dos dionisíacos saraus
Meu campus era o campo
Onde eu cavoucava batatas
E ficava feliz, se raro, era doce
Vivi na terra vermelha
Sem xampu, mamãe tentava
Alisar-me os cabelos
Ver se ficava branca
Eu parecia
Mas havia um banzo
Negra acima de tudo
A alma
Por sorte aprendi a ler
E consegui decifrar as placas
No navio
Cheguei atrasada
Uns mil anos
Para a aula
Sobre Rimbaud.
.
Adriane Garcia, em O nome do Mundo, editora Armazém da Cultura, 2014.
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