Vozes
falam, vozes gritam
Dentro
da minha casa
Sou
mínimo dentro do imenso
De
palavras, choros e risos.
Caminho
sem pressa de chegar
Vou
mastigando cada dia
Doce,
amargo, salgado e azedo
Dúvidas,
certezas, segredos e medos
Circulam
por todo o meu corpo.
Sou
taipa de barro amarrado
Por
tantas coisas
Entre
cipós e bambus
Trançados
a mãos.
Henrique
Rodrigues Soares - Canibais Urbanos
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