Os prédios velhos e novos
estão
mortos
todos
dormem na lenta escuridão
Na
garagem dormem os seus carros
e
embaixo do viaduto
um ser
humano quebra o silêncio
com
suas dores
com
seus temores
num
gesto calado de miséria
Revirando
o lixo que vem dos prédios
ele
alimenta sonhos
ele
alimenta estomago
ele
abastece a esperança
dos
sonhos dos outros
do
desperdício dos que podem dormir
e
sonhar.
Henrique
Rodrigues Soares
2012
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