Morta... serei árvore
Serei tronco, serei fronde
E minhas raízes
Enlaçadas às pedras de meu berço
são as cordas que brotam de uma lira.
Enfeitei de folhas verdes
A pedra de meu túmulo
num simbolismo
de vida vegetal.
Não morre aquele
que deixou na terra
a melodia de seu cântico
na música de seus versos.
Cora Coralina, em "Meu livro de cordel". São Paulo: Global Editora, 1998.
Serei tronco, serei fronde
E minhas raízes
Enlaçadas às pedras de meu berço
são as cordas que brotam de uma lira.
Enfeitei de folhas verdes
A pedra de meu túmulo
num simbolismo
de vida vegetal.
Não morre aquele
que deixou na terra
a melodia de seu cântico
na música de seus versos.
Cora Coralina, em "Meu livro de cordel". São Paulo: Global Editora, 1998.
Um comentário:
Lindas e doces são as poesias de Cora Coralina. Talvez por pertencermos ao mesmo estado e/ou por sempre ter sua obra tão ao alcance das mãos me identifique tanto com esta poetisa. Ela foi minha primeira inspiração para escrever e até hoje sua obra me serve de referência. Parabéns pela postagem.
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