Fim-do-começo-do-fundo























Deixo-me
tenho os passos apressados
meto-me para o fim do mundo
e chego ao começo de mim

Bebo-me
até esvaziar-se todo o líquido
eu sou um fim que espera a desiludida
verdade do fundo dos copos

(ó quão inútil é o fim ou o fundo
das coisas e do âmago, quando
o ser temeroso se nos impõe
seu vulto fantasmagórico).


Rogério Generoso, em "Noumenon". 2010.

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