Para Cris














Escreverei para ti uns versos
Que sei que você nunca vai ler
Escreverei... Para aliviar meu peito
Deste momento estreito
Que estou pisando

Deixe-me chorar estes versos tristes
Escrever minha dor, a tua partida
Com tintas e lágrimas


Deixe-me guardar de ti tudo que posso
E que não ouso esquecer
Não há como esquecer
Não vou me esquecer


Está sendo estranho tua partida rápida
Mas estamos sujeitos a estas horas
Que nos mostram toda nossa fragilidade
Minha doce partisan


A infância e a adolescência acabaram
O que passou serão lembranças
De um livro com páginas amarelas
E uma realidade que faz doer os meus ossos.


Henrique Rodrigues Soares – Canibais Urbanos
04 de agosto de 2016


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