Outono
Não há mais andorinhas nos beirais
Nem zumbem as abelhas pelos campos,
Nos rios já aumentam os caudais
Mercê da Natureza com seus prantos.
Passou a Primavera e o Estio
Deixou atrás seus tempos de pujança.
Do Norte sopra agora um vento frio
Que acende uma lareira na lembrança.
No chão, de folhas mortas, um tapete
De que se despojou o arvoredo
Em tempo, que é agora, de seu sono.
Qual ordem que em silêncio se repete
Por toda a Natureza, num segredo,
Sintomas da chegada de Outono.
Vitor Cintra
Assinar:
Postar comentários (Atom)
O Tempo seca o Amor
O tempo seca a beleza, seca o amor, seca as palavras. Deixa tudo solto, leve, desunido para sempre como as areias nas águas. O tempo seca a ...
Nos últimos 30 dias.
-
O ventre e os braços da mãe, o berço, a casa, a escola, o pátio, o ônibus, o escritório, a mulher e o sono. Mauro ...
-
Seus olhos acesos seus ouvidos como cães que guardam a noite ele dirige o ônibus O ronco do motor os outros carros...
-
São uns olhos verdes, verdes, Uns olhos de verde-mar, Quando o tempo vai bonança; Uns olhos cor de esperança, U...
-
A chuva, outra vez a chuva sobre as oliveiras. Não sei por que voltou esta tarde se minha mãe já se foi ...
-
Arquitetos adotam a transparência como regra e matéria-prima cobrem as cidades com casas de vidro quase tudo...
-
Há você Um espaço Para os passos E uma porta Não é por que É uma porta Que você tem que Abri-la Liberdade...
-
Pousa neste leito palavras inúteis e nunca ditas. Pousa neste leito espíritos cansados e desinteressados...
-
Passava a lua pelo azul do espaço De teu regaço A namorar o alvor! Como era tema no seu brando lume... Tive ciúm...
-
Eu amava Como amava algum cantor De qualquer clichê De cabaré, de lua e flor Eu sonhava como a feia Na vitri...
-
Entrevisto e esquivo, eu sou esse aroma finado mas vivo que no vento assoma! Entrevisto e incerto, acaso ou t...
Nenhum comentário:
Postar um comentário