poema que reclama o calor da mão febril
a tatear o verso entre flores
de amores e de mortes
no porta-retratos de moldura prateada,
escondido atrás do bibelô com seu verniz de infância,
porcelana delicada – dama que passeia com dois cachorrinhos, postos a guardar os livros prediletos,
gestos de veludo, o riso dos irmãos à mesa do almoço,
retendo por um instante – e sempre – o que jamais me deixa,
brilho de pedra preciosa aninhada no coração.
Lenita Estrela de Sá - livro “Antídoto”, poemas, Editora 7Letras, 2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário