Tatear a origem
é iludir-se.
O escrito, à mercê
do que foi dito,
inaugura outro país.
O que se dá nos mapas
em forma
de província, urbe
& melhorias
não é senão um caco
de palavra.
A origem ressona
grave,
sem nação ou pacto.
Há quem a leve
no bolso, em crimes
que nos deserdam.
Outros a curtem sob a
forma de bois de aluguel.
Ou a costuram em óleos
santos.
Mas há os ferinos e seu
humour
que tira o minério
das conchas.
Por eles a origem despista
rendas, misérias
e outros benefícios.
Pela origem
somos-não-somos.
Espécie que escreve
para esquecer.
Edimilson de Almeida Pereira - livro qvasi: segundo caderno (Editora 34)
é iludir-se.
O escrito, à mercê
do que foi dito,
inaugura outro país.
O que se dá nos mapas
em forma
de província, urbe
& melhorias
não é senão um caco
de palavra.
A origem ressona
grave,
sem nação ou pacto.
Há quem a leve
no bolso, em crimes
que nos deserdam.
Outros a curtem sob a
forma de bois de aluguel.
Ou a costuram em óleos
santos.
Mas há os ferinos e seu
humour
que tira o minério
das conchas.
Por eles a origem despista
rendas, misérias
e outros benefícios.
Pela origem
somos-não-somos.
Espécie que escreve
para esquecer.
Edimilson de Almeida Pereira - livro qvasi: segundo caderno (Editora 34)
Nenhum comentário:
Postar um comentário