O mar em que me afogo
é cotidiano.
(Correnteza em que desço,
chuva que não revogo —
altura que não alcanço.)
A enchente em que sucumbo
é de todos os dias.
(Águas de cada dia,
tropeços, pedras, nuvens,
ventanias.)
O rio em que me desço.
A escuridão em que não vejo
é cotidiana:
o mar, a enchente, o poço,
a mão que me acena de longe,
o ar que me dana —
aquilo que não sei.
(A queda que é só poço.)
O oceano em que naufrago,
o rio em que me afogo,
o vento em que sufoco.
Renato Suttana
é cotidiano.
(Correnteza em que desço,
chuva que não revogo —
altura que não alcanço.)
A enchente em que sucumbo
é de todos os dias.
(Águas de cada dia,
tropeços, pedras, nuvens,
ventanias.)
O rio em que me desço.
A escuridão em que não vejo
é cotidiana:
o mar, a enchente, o poço,
a mão que me acena de longe,
o ar que me dana —
aquilo que não sei.
(A queda que é só poço.)
O oceano em que naufrago,
o rio em que me afogo,
o vento em que sufoco.
Renato Suttana
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