Fisionomias


















O metrô vai
Carregado de rostos

Este tem uma bolsa
E uma conta para pagar

Aquele tem uma lembrança
Não quer lembrar

Mas o metrô é tão contínuo
Que embala...

E em cada curva
Em cada linha de expressão
Uma história que é a mesma
Para todos

Vá lá, admita,
Somos apegados a detalhes
E é só isso que faz
Rostos diferentes

Aquele outro, tão jovem
Sorri:
Tem um bilhete
E uma inocência.


Adriane Garcia

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