Juraste sem medo
Servir tuas ordens
Honrar tua farda e teus dogmas
Libertar a terra sagrada
De deus.
Que deus? Que deus?
Carrega todo peso
Todo fardo
De tua missão
Carregado de bravura
E toda coragem
E toda montagem
De sua armadura.
Carregado de medo
Impondo o medo
Com pisadas firmes
Para o encontrão da peleja.
Das cruzes de morte
Nas bandeiras da legião
De uma idade média.
Caveiras veste preto
De morte
Para manter a média
E tornar-se solução.
Os inimigos com seus deuses
Maltrapilhos em seus ombros
Atravessados que cospem morte
E derramam sangue
De meninos que virarão estatísticas.
Nos pescoços cordões
Em forma de correntes
Que parecem medalhas
Ostentando poder.
Tiros e tiros
Assassinam o silêncio das ruas
Vazias de sonhos
E de céus estrelados.
Sarracenos
Defendem de pé
A fé
Dos seus patrões
E a farinha de ovos de ouro
Que paga as contas
Dos deuses do morro.
Os nobres de seus castelos
Multimídia e ao vivo
Com seus olhos observam
Caveiras que sobem
E corpos que caem.
Henrique Rodrigues Soares – Pra Fora/Por
Dentro
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