sede é como um rugido de rio
encontrando a margem da garganta
sede é peixe uterino
no oceano do corpo
visto por fora
despido no espelho
visível deserto de assombros
sede é a possibilidade de romper
o naufrágio e a adejar na superfície
Carlos Orfeu - Poema do livro (In)visíveis Cotidianos
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