Desde sempre
lá dos portugueses
dos espelhos
nos enganam
desde os engenhos de cana
nos tornamos estrangeiros
de nós mesmos
na terra que a gente ama
Desde sempre
em nome do progresso
das estradas de rodagem
do interesse econômico
que se rasgam as florestas
as famílias e as culturas
e batizam o extermínio
de Transamazônico
E os escravos fortes fogem pra cidade
firmam sua memória ainda não devastada
na aldeia urbana em meio à metrópole
são atropelados pelos canos torpes
O manifesto contra o despejo
decreta a morte coletiva:
Se for pra me tirar aqui dessa terra
me mate nela que eu ganho vida
Resistência não é ser selvagem
Desde sempre genocídio
Me atearam fogo, dormi na calçada
Deixaram-me em chamas, me chamaram índio
Marcamos a pele
Andamos em tribo
Temos nossos ritos
Somos todos índios
lá dos portugueses
dos espelhos
nos enganam
desde os engenhos de cana
nos tornamos estrangeiros
de nós mesmos
na terra que a gente ama
Desde sempre
em nome do progresso
das estradas de rodagem
do interesse econômico
que se rasgam as florestas
as famílias e as culturas
e batizam o extermínio
de Transamazônico
E os escravos fortes fogem pra cidade
firmam sua memória ainda não devastada
na aldeia urbana em meio à metrópole
são atropelados pelos canos torpes
O manifesto contra o despejo
decreta a morte coletiva:
Se for pra me tirar aqui dessa terra
me mate nela que eu ganho vida
Resistência não é ser selvagem
Desde sempre genocídio
Me atearam fogo, dormi na calçada
Deixaram-me em chamas, me chamaram índio
Marcamos a pele
Andamos em tribo
Temos nossos ritos
Somos todos índios
Alan Salgueiro
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