Há muito tempo aquele boi padece.
Levando aquele carro tão pesado!
Seu próprio dono não se compadece
de vê-lo triste como um desgraçado!
Num mar de pranto, onde o tormento cresce,
pelas mãos dos perversos foi jogado!
Flor do heroísmo que desaparece,
nos abismos das cinzas do passado!
Enquanto geme carregando a canga,
a humildade, com certeza, manga,
por vê-lo padecer com tanta calma!
Só eu lamento o seu sofrer medonho
porque também carrego, assim, tristonho,
um carro de ilusões chorando n’alma!
Miguel Jansen Filho
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