desordem violenta
todos os movimentos
estáticos às 6 da tarde
antenas de bombril do rádio
captam o exaspero do sangue
o magma dos gritos
tímpanos se desesperam
na microfonia do caos
não adianta ranger dentes
nos rosários e nem acender
labaredas de santos nos recantos
caninos das imundas calçadas
a desordem cavalga
na dor que não se deita
com aspirina nem droga nenhuma
se contorce atrás da jaula
cinética do olho e não
foge pelas glândulas
Carlos Orfeu
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