De
amarelo estou próximo ao vermelho
Sei que
devo o que já foi prometido
E não
esqueço dos teus conselhos
Senhor
perdoa-me a falta de prudência
Caio
enlaçados nos meus próprios laços
Fruto
da minha curta paciência
Aos
meus cadarços me embaraços
Senhor
perdoa-me a absoluta inconstância
Constante
nos meus passos.
Esta
carne que em militância
Tem
sido condutor do meu fracasso
Tenho
pedido perdão
E não tenho perdoado
Tenho
clamado salvação
Mas
dedicado ao meu pecado
Pela
vitória que não veio
Pela
tristeza que permanece
As
cobranças dos meus anseios
E o
sorriso desfalece
Não
pedirei sinal nesta prece
Os meus
joelhos chorando
Esperando
pela aurora que acontece
Nas
horas suas até quando?
A
demora gradual desta quermesse
Que a
cada dia vai molhando
Esta
madeira que apodrece
Uma
nova vida vai brotando.
Henrique
Rodrigues Soares – Horas de Silêncio
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