Cheiro
Teu corpo, poema ardente.
Frenética rima de ais,
Aurora, pedindo mais,
Com louco vigor, fremente.
Teu rosto, sorriso aberto,
Promessa, sonho, desejo,
Tornando-se a cada beijo
Tão quente, quanto tão certo.
E o dia feito uma hora,
Por entre os ais e os gemidos,
Festim, sem par, dos sentidos.
Mas, quando te vais embora,
Só fica o teu cheiro, intenso,
Enchendo o vazio imenso.
Vitor Cintra
Assinar:
Postar comentários (Atom)
O Tempo seca o Amor
O tempo seca a beleza, seca o amor, seca as palavras. Deixa tudo solto, leve, desunido para sempre como as areias nas águas. O tempo seca a ...
Nos últimos 30 dias.
-
Em dias de silêncio Vozes falam, vozes gritam Dentro da minha casa Sou mínimo dentro do imenso De palavras, choros e...
-
Quando tá escuro E ninguém te ouve Quando chega a noite E você pode chorar Há uma luz no túnel Dos desesperados Há ...
-
Há as que nasceram nesta casa, Há as que oram como brasa. Elas nos oram em seu ventre. Oram pelos qu...
-
Ficai, pedi às flores cortadas. Elas curvaram ainda mais as cabeças. Fica, disse à aranha, que fugiu. Fica, folha. Ela enrubesceu de v...
-
Ser pai! Não é ser perfeito Não controla causas e efeitos Ser pai! E esquecer os predicados Tr...
-
Intratável. Não quero mais pôr poemas no papel nem dar a conhecer minha ternura. Faço ar de dura, muito sób...
-
Conserto a palavra com todos os sentidos em silêncio Restauro-a Dou-lhe um som para que ela fale por dentr...
-
Chego à amurada do cais, Tomo um trago de tristeza. Vem uma aura de beleza Entontecer-me ainda mais. Sinto um go...
-
Canta uma canção bonita Falando da vida, em 'Ré maior' Canta uma canção daquela De filosofia Do mundo bem melh...
-
Eu tão isósceles Você ângulo Hipóteses Sobre o meu tesão Teses sínteses Antíteses Vê bem onde pises Pode ser meu...
Nenhum comentário:
Postar um comentário