Poema quase morto
As necessidades de alguns
se resumem a um corpo
Os sonhos de alguns
se resumem a um copo
Meu refúgio são lágrimas
que meus olhos deitam
no tempo e no vento
Minha poesia confusa
não quer dizer nada
O meu verso é estrume
que fede e que apodrece
ao ficar exposto
Não misture com a terra
os seus sonhos
Na terra tudo é rápido
se nasce, cresce, brota
envelhece até fenecer
Instantes de vida
são perdidos
são assassinados
E a morte este ser suave
nos rodeia
nos apalpa
com sua pele.
Henrique Rodrigues Soares - Romaria Lírica
Assinar:
Postar comentários (Atom)
O Tempo seca o Amor
O tempo seca a beleza, seca o amor, seca as palavras. Deixa tudo solto, leve, desunido para sempre como as areias nas águas. O tempo seca a ...
Nos últimos 30 dias.
-
Insuportável mundo! A obter e jogar fora, nós arrasamos, tarde ou não, nosso vigor: pouco de noss...
-
(...quisera enxergar meus versos com vistas de outro, sem os olhos tacanhos de dentro...) vou arrancar os sapatos...
-
escrevo mordendo-me como o cão morde o próprio rabo no sexo vascular dos verbos na pele-página a ...
-
Tenho saudade de mim mesmo, saudade sob aparência de remorso, de tanto que não fui, a sós, a es...
-
Te criei como crio tantos personagens Pus em você pitadas de festim Te fazia dançar feliz nos sonhos Pus em você ...
-
Aos que falharam, grandes na aspiração, aos soldados sem nome caídos na vanguarda do combate, aos calmos e esfor...
-
Por enquanto sou pequeno, muita coisa eu não sei. Eu só sei que estou gostando deste mundo onde eu cheguei....
-
Antes de tudo, te observo em órbita Te convoco a soltar o pés do solo De pronto, te abraço em meu colo Ante...
-
Como tu cantas pequeno rouxinol Te soltas pela liberdade que procuras Na paz solitária das...
-
azulejos brancos cardumes de passos anoitecidos no canto da varanda por onde formigas brotam como fachos negros e canibaliza...

Nenhum comentário:
Postar um comentário