Deixa eu viver de forma plena
nem arma de fogo
nem rota de fuga
nem fita que isola
nem o muro que separa
vão me proibir de ver o mundo
Deixa eu sair pra ver a rua
que o luto e o nó na garganta
não me intimidem tanto
pois se pro caos não há hora marcada
é tão latente essa ameaça
que até trava o meu passo à frente
Mas se eu pisar na areia
haverá quem creia
que vai ser mais forte a resiliência
Com essa coragem que me arremessa
vou subir nas pedras
para que o vento então me acalante
E entardecendo no colo da moça
resistir aos trancos com a sua força
destravar bloqueios
que antes me prendiam num canto do quarto
Que o medo não meça os passos de me libertar
Hoje avanço, vou sair pra ver o mar
Alan Salgueiro
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