Estou correndo pelas vielas
Estou
escondido nas encostas
Depois
do acontecido sou as seqüelas
Sou
a real fratura exposta
As
ruas são margens da civilidade
As
calçadas, os cracudos, o abandono
Os
mortos vivos nas cidades
Estou
suave, estou sem sono
No
verão árduo da vingança
Qualquer
sombra que faça diferença
Na
falta de uma mísera esperança
Qualquer
exemplo torna-se uma referência
Lágrimas
para compor meu oceano
Espinhos
para construir meu jardim de cactos
O
que ganho ou perco todos os anos
A
dureza que me torna intacto
A
faca que tua capa corta
Intervindo
com dor para tua cura
A
faca que abre tuas portas
Te
fragiliza te depura
Henrique
Rodrigues Soares – Canibais Urbanos
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