Das Palavras
São difíceis as palavras,
nem sempre espadas,
nem sempre flores,
entrelaçadas são poesia,
disparadas são armas,
tristeza e melancolia.
Ás vezes amor, às vezes inferno,
vêm do fundo da alma,
explícitas ou veladas,
ressoam tristemente bêbadas,
às vezes verão, às vezes inverno.
Penetram clandestinas na alma,
como bordados feito à mão,
fogem quando mais se precisa,
São reais ou mera ilusão.
Palavras de amor não ditas,
são silenciosas reticências,
fugazes e sorrateiras,
levam poemas nas asas, mas
adormecem escondidas na mão…
Sônia Schmorantz
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