Castelos do tempo, calabouço da dor
A poeira fina e cinzaAdentra ao peito como orvalho da manhã
Da mais fria e deletéria manhã
Já não me faz bem olhar adiante
Pois no passado encontro a resposta
Ela sempre esteve lá!
Por entre ruínas úmidas e tristes
Luz medrosa e tímida aparece
Como gume de espada polida
Que rasga a retina acostumada à escuridão
E soca o peito pálido
Parcialmente coberto por trapos encardidos
Pobre vassalo do tempo
Que vive o tempo
Habita o tempo
Até que não haja mais o que contar
Pois não há mais a quem contar
Tudo se foi
Tudo acabou
Charles de Campos
Nenhum comentário:
Postar um comentário