Que alegria é ter-te, nuvem
Alívio de minha visão periférica
Tu, de algodão quando as arestas
São o tempo inteiro e mais algumas facas

Quis a natureza que existíssemos
E para isso inventou também nuvens
A natureza crudelíssima
Que bate e assopra

Mas tu, nuvem
Tu és minha esperança de chuva e choves
No meu dorso curvado e árido
Antes, durante e depois do deserto.
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Adriane Garcia

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