Alguns sonhos sobrepõem-se ás nuvens
e não se intimidam com o apito
com os limites, com os finitos
Alguns sonhos não se subjulgam
e se articulam com a força da luta
mesmo diante de acidentes de percurso
Vislumbra o continente com afinco
em dois tempos de quarenta e cinco
sem nem suspeitar que tudo finda
e em apenas um segundo se eterniza
E se de outros planos decolar um sonho
Daqui da arquibancada a gente não se cala
Mesmo que pareça que não há mais graça
Não vai ser em qualquer pouso que a gente pausa
Daqui em diante os anjos vestem verde
E cobrem de esperança o campo celeste
e o herói que cede o peito em seu extremo oeste
ressurge na lembrança de uma paz extrema
e ecoa em cada voz presente em tua arena
o uníssono incessante da Chapecoense
Alan Salgueiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário