Pacto











Caminhada dura
Que gastara meus sapatos
As amargas juras
De um primeiro impacto

E na chegada escura
De impossível trato
Para nossa loucura
Construiu-se um pacto

Se hoje me escapa lágrimas
Não há disfarces nem tristezas
Elas arejam meu coração
Para emoções que ainda virão

E quando nos meus espelhos
Posso contemplar tantas luzes acesas
Desafiantes mais singelas
Os aprendizados e conselhos
Não ficaram apenas sobre a mesa
É coisa viva, é coisa séria

Novos afluentes estão nascendo
Para caminhos diferentes
E que sejamos honestamente gente
Que até nas partidas florescendo

Com a ousadia de quem não é usado
Como quem dança nas fortes chuvas
 E persegue nas noites turvas
O preciso diamante que precisa ser conquistado.


Henrique Rodrigues Soares – Canibais Urbanos


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