Despertei com alma no cio
A
boca seca de algo em estio
Força
desembainhada no fio
Para
quem quiser testar
Sonhei
com a brisa e nuvens macias
Sono
guardado na memória de noites e dias
Mas
as pedras da asfixia
Não
deixaram apagar
O
amor que não bebi
A
amizade que não reguei
A
dívida que não contraí
A
promessa que não paguei
A
carta que não escrevi
As
bocas que não beijei
O
desejo que não traí
A
verdade que não falei
O
algo que não percebi
A
mentira que não tramei
O
perdão que não parí
A
mágoa que não libertei
Henrique
Rodrigues Soares – Canibais Urbanos
Novembro
2015
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