Desvaneço a crueza solitária
Do turbilhão das minhas horas
Confusas e sensíveis
Para torná-las plácidas.
Trago o dinheiro da passagem
Mas prefiro beber das águas
Que tornam os minutos calmos
Porque já não há mais tempo.
Não foi desejo
de dar calote no barqueiro.
Até acho muito romântico
um remador me levar pro inferno
Não! Deixe que eu vou sozinha.
Vou nadando e bebendo das águas
Da conversão.
Batismo às avessas
No fundo do poço
Buscando uma luz
No lodo da lua.
Paula Beatriz Albuquerque.
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