Olhar desnudo

















Os olhos que me seguem, suplicantes,
Invadem no meu íntimo o mais oculto,
Desejo, e escancara todo o intuito,
Meu peito desenfreia saltitante.


Parece expor minha carne desnuda,
E do meu ego, recôndito segredo,
Anseios, revelando quais quer medos,
E tremo aqui por dentro, perplexa, muda.


No encontro de nossos olhos desconfio,
Que lês através dos meus, meticuloso,
E desse transparecer tira proveito...


E lendo em meus gestos aquilo que envio,
De mim faz jogatina, orgulhoso,
Sabendo o que guardo aqui no peito.


Andréia Pariz
Publicado no Recanto das Letras em 11/01/2011
Código do texto: T2722269

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