Quando...

























Quando eu morrer,
serei acolhida no azul
por versos cavalheirescos,
altaneiros,
que me farão meneios,
num convite
ao eterno bailar de luz e sombra?


Quando eu não mais for...
Essa ternura, essa saudade,
meus lampejos de alegria e sonhos vãos...
As rimas hão de transformá-las em sorrisos,
cedidos aos lábios dos meus tímidos anseios?


Quando eu me esvanecer na fonte,
e ela for o rio dos meus olhares...
Quando eu ventar as brisas gentis
e ensolarar os trigais da minha fome...


Em meu âmago,no âmago
do teu coração,
ouvir-se-á um cântico de encontro?


Patricia Neme

Nenhum comentário:

O Tempo seca o Amor

O tempo seca a beleza, seca o amor, seca as palavras. Deixa tudo solto, leve, desunido para sempre como as areias nas águas. O tempo seca a ...

Nos últimos 30 dias.