Soneto do Amor Presente


















Se o coração transpôs tanta distância
havida entre minh’alma e teu destino
é provável que eu torne à tua infância
e retome os meus sonhos de menino.


Às vezes fim e às vezes circunstância
vez por outra esperança ou desatino,
vai meu amor num rio de abundância
como a infância num gozo repentino.


Prometo não deixar que essa tristeza
descendente da ausência de nós dois
seja herdeira comum dessa saudade.


Quiçá o amor nos seja uma surpresa
em que sonhar não seja mais depois
mas agora em tamanha eternidade...


Afonso Estebanez
(Homenagem a Vinicius de Moraes)

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