Dor

















No infindo constelado
apenas rubra lua,
tecida por gotas
dos sonhos
de asas rasgadas pelo vento.
Sangue vertido
em luta desigual,
batalha inglória,
quimera dos desejos
esquecidos pela história.
Além do mais além,
ausências...
Vazios no silêncio,
almas despidas de essência...
Olhos opacos,
gestos podados,
palavra atada.
Completo é o negror
que habita o pensamento,
apenas embalado por
resquícios de lamento.
E nas veias da poeta,
sobrevive,
tão somente,
o nada!


Patricia Neme

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