Sinto-me dispersado
Sinto-me dispersado
em areia, alga, vento.
Que ficou do passado,
se o que resta é o momento?
Uma caricia vaga,
indecisa, procura
o que a memória apaga;
e de tudo perdura
leve aragem, não mais,
docemente soprando
junto às margens de um cais
que está sempre esperando.
Alphonsus de Guimaraens Filho
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