Poema de toda, tanta














de toda, tanta beleza presente
o mar soube como sempre
nos encantar com seus brilhos
a nos afagar com suas águas
no toque da pele
os barcos deslizavam melodias
e era a infinitude que nos beijava
o sol nascia no início do traço
rasgavam as sombras ao meio
e a verdade se via discreta
nenhuma ilusão nos tinha
as coisas se eram, nós estávamos
prenhes de ternura
dessa vez era a simplicidade
que nos abraçava
e nos cantava bem baixinho
o nosso desesperar
os barcos se iam
acenavam uma nova viagem

a vida tem dessas coisas
de nos trazer encantos
entre tantos entretantos
tanto enquanto nascer
quando a coisa nos toma
e nos mostra seu vazio
quando o ser emerge da coisa
e o sonho se vê


Luiza Maciel Nogueira

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