Braços
Braços nervosos, brancas opulências,
brumais brancuras, fúlgidas brancuras,
alvuras castas, virginais alvuras,
latescências das raras latescências.
As fascinantes, mórbidas dormências
dos teus abraços de letais flexuras,
produzem sensações de agres torturas,
dos desejos as mornas florescências.
Braços nervosos, tentadoras serpes
que prendem, tetanizam como os herpes,
dos delírios na trêmula coorte ...
Pompa de carnes tépidas e flóreas,
braços de estranhas correções marmóreas,
abertos para o Amor e para a Morte!
Cruz e Souza
Assinar:
Postar comentários (Atom)
O Tempo seca o Amor
O tempo seca a beleza, seca o amor, seca as palavras. Deixa tudo solto, leve, desunido para sempre como as areias nas águas. O tempo seca a ...
Nos últimos 30 dias.
-
O ventre e os braços da mãe, o berço, a casa, a escola, o pátio, o ônibus, o escritório, a mulher e o sono. Mauro ...
-
Eu não estou interessado Em nenhuma teoria Em nenhuma fantasia Nem no algo mais Nem em tinta pro meu rosto Ou o...
-
Colho do olhar a calma mansidão presente, sempre armada na visão. Vejo e muito olho o lombo nas retinas de...
-
Desabo em ti como um bando de pássaros. E tudo é amor, é magia, é cabala. Teu corpo é belo como a luz da terr...
-
Levanta-se da rocha a flor esmagada Mais dura do que a rocha e cristalina. Raízes, caule, pétalas, angústia. ...
-
Encontrei-te em todas as noites que não pude ter-te, que não pude ver-te, que não pude tocar-te. Enco...
-
Estas e muitas outras coisas, certo, eu julgava sentir, quando sentia que, descuidado e plácido, dormia num infern...
-
Conserto a palavra com todos os sentidos em silêncio Restauro-a Dou-lhe um som para que ela fale por dentr...
-
Tu, vã Filosofia, embora aviltes Os crentes nas visões do pensamento, Turvo clarão de raciocínios ...
-
há no dito um não-dito oculto duplicando-se no outro e avizinhando-o nessa teia infinita d...
Nenhum comentário:
Postar um comentário