Poeminha sentimental
O meu amor, o meu amor, Maria
É como um fio telegráfico da estrada
Aonde vêm pousar as andorinhas...
De vez em quando chega uma
E canta
(Não sei se as andorinhas cantam, mas vá lá!)
Canta e vai-se embora
Outra, nem isso,
Mal chega, vai-se embora.
A última que passou
Limitou-se a fazer cocô
No meu pobre fio de vida!
No entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo:
As andorinhas é que mudam.
Mario Quintana
Assinar:
Postar comentários (Atom)
O Tempo seca o Amor
O tempo seca a beleza, seca o amor, seca as palavras. Deixa tudo solto, leve, desunido para sempre como as areias nas águas. O tempo seca a ...
Nos últimos 30 dias.
-
O ventre e os braços da mãe, o berço, a casa, a escola, o pátio, o ônibus, o escritório, a mulher e o sono. Mauro ...
-
Eu não estou interessado Em nenhuma teoria Em nenhuma fantasia Nem no algo mais Nem em tinta pro meu rosto Ou o...
-
Colho do olhar a calma mansidão presente, sempre armada na visão. Vejo e muito olho o lombo nas retinas de...
-
Levanta-se da rocha a flor esmagada Mais dura do que a rocha e cristalina. Raízes, caule, pétalas, angústia. ...
-
Desabo em ti como um bando de pássaros. E tudo é amor, é magia, é cabala. Teu corpo é belo como a luz da terr...
-
Encontrei-te em todas as noites que não pude ter-te, que não pude ver-te, que não pude tocar-te. Enco...
-
Estas e muitas outras coisas, certo, eu julgava sentir, quando sentia que, descuidado e plácido, dormia num infern...
-
Conserto a palavra com todos os sentidos em silêncio Restauro-a Dou-lhe um som para que ela fale por dentr...
-
há no dito um não-dito oculto duplicando-se no outro e avizinhando-o nessa teia infinita d...
-
Pousa neste leito palavras inúteis e nunca ditas. Pousa neste leito espíritos cansados e desinteressados...
Nenhum comentário:
Postar um comentário