Viver o Simples
E achava que da vida minha sina,
Era viver invisível neste mundo,
E não conhecia nada de profundo,
Emoções incalculáveis, desmedidas.
E acreditando passar despercebida
Por cenários repetidos, rotineiros,
Não me pressentia do fim derradeiro
Que de mim se aproximava prometida.
Prometida estava a morrer em mim
Essa cegueira da alma, o não ver,
Coisas que são mascaradas pela dureza.
Por que quando a tristeza teve fim
Pude nas pequenas coisas perceber,
Que é nelas que se encontra a beleza.
Andréia Pariz
Publicado no Recanto das Letras em 27/01/2011
Código do texto: T2755652
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