Soneto do Olhar Puro
Mas ora, (me dirás) por que criança?
Por que agir de modo infantil?
E eu te direi que ao ver o céu anil,
Ainda vejo nele a esperança.
Que ao acordar prefiro ver o novo,
Em coisas muito antes conhecidas,
Por que o olhar de outra perspectiva,
Traz outras descobertas que absorvo.
E responderás: Mas que disparate!
Por que ver coisas simples com surpresa,
És louca? Responda-me, com franqueza.
Veja bem, (Te direi em meu rebate)
O que nos cega, adultos, é a rudeza,
E o novo está no olhar que tem pureza.
Andréia Pariz
Publicado no Recanto das Letras em 03/02/2011
Código do texto: T2770456
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